quarta-feira, julho 13, 2005

A tua casa

A tua casa solta as suas raízes de ouro.
Eu espero, num lugar entre a porta e o medo,
Que à janela venhas sacudir o teu amor.

Na rua as vizinhas olham das varandas,
Recolhem os filhos com a alma.
Escondem-se ao sussurrar a minha espera.

Da minha alma o olhar é um sangrador.
À janela espreita melancólica a tua casa.
E eu sempre esperei, com alma a escorrer,
Que espreitasses enquanto me crescem as asas.

D.P.