terça-feira, abril 19, 2005

Um outro anjo

Os espelhos são o caminho
Por onde vem e vai a morte.
O seu azougue cinzento grava e emite
O bater do pêndulo do tempo
Como castigos que sulcam o olhar
E despojam a vida.

Da minha vigia solitária,
Teria sentido abrir a válvula da memória
Agora que já não dói?
Como fotografias alheias, sépias
E pouco fiéis, tentarei
Agarrá-las e esquecê-las antes que o tempo se acabe.

in El Ángel Yuxtapuesto, Julio Herranz (IX Prémio de Poesia Ciudad de Torrevieja)

Tradução de David Teles Pereira

D.P.

1 Comments:

Blogger Patrícia Evans said...

olá!!gosto muito do teu blog, continua ;-).
É verdade a marca Fernando Ribeiro é una, na poesia e na banda, e essa fonte una tem uma água muito boa...

6:54 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home