W.G. Sebald
Mas não se julgue que esta é uma escrita melodramática ou excessivamente reflexiva. Tacteiam-se paisagens desoladas, mansões desabitadas há séculos, catedrais vazias. Ou seja, em Sebald a natureza é algo inóspito e os pensamentos são forrados por um pragmatismo doloroso.
No fundo, tacteia-se a ruína humana, como se a existência fosse apenas um final, mas um final corpóreo, simples.
De quando em quando podemos apreciar fotografias tiradas pelo próprio Sebald a partir de mapas e velhos manuais que procuram ilustrar o que é narrado. Umas com mais ligações directas do que outras, o que constitui um exercício de associação curioso.
As imagens interrompem as letras como um silêncio a erguer-se e a transpor o papel.
Escritor alemão, professor de literatura europeia na Universidade de East Anglia, em Norwich, foi o primeiro director do British Center for Library Translation.
Faleceu num acidente de viação, em Dezembro de 2001, aos 57 anos, no apogeu da sua produção literária.
S.C.
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