Juventude
Talvez por eu ser jovem, pelo David ser um jovem, ou então talvez apenas para alimentar um exercício impudente de narcisismo, permito-me realçar aquela que é a alba da vida.
Rimbaud, aos nove anos começou por questionar o funcionamento curricular do sistema da escola. Passado um ano, escrevia os seus primeiros versos em Latim. O interesse expedito pela poesia revela-se com treze anos. A partir de uma certa altura, todos os dias contemplava as pequenas livrarias que se afiguravam no trilho que o levava à escola. Aí lia a revista “Parnasse Contemporain” onde encontrava o que de mais hodierno existia como Théophile Gautier, Théodore de Banville e até mesmo Paul Verlaine, um dos, senão mesmo ‘o grande’ emblema amoroso em toda a sua vida. Era frequentemente premiado em concursos literários e assim estimulado para a escrita. A sua visão poética foi a libertação das sufocantes instituições que forravam o seu universo pessoal que até ao momento eram a escola e a família.
Em Rimbaud, há uma parte da sua adolescência que podemos traçar, como paralela, à criação de “Une Saison en Enfer” porque esta é uma obra dificilmente explicada apenas por si.
O que eu quero realçar com isto é que há um impulso criador que pode anteceder o empirismo, talvez até de uma forma mais fidedigna se pensarmos na perspectiva factícia de Descartes: as ideias vistas como uma combinação de imagens provenientes dos sentidos, retidas pela memória e que nos permitem representar o que nunca vimos e talvez o que descobrimos mais tarde não existir coisa que, uma vez comprovada, nunca poderá ser representada como o é se se situar anterior à experiência.
Espero que isto tenha servido para dar alguma credibilidade a este blog. Provavelmente, não serviu. Mas valeu-me o esforço.
S.C.
Rimbaud, aos nove anos começou por questionar o funcionamento curricular do sistema da escola. Passado um ano, escrevia os seus primeiros versos em Latim. O interesse expedito pela poesia revela-se com treze anos. A partir de uma certa altura, todos os dias contemplava as pequenas livrarias que se afiguravam no trilho que o levava à escola. Aí lia a revista “Parnasse Contemporain” onde encontrava o que de mais hodierno existia como Théophile Gautier, Théodore de Banville e até mesmo Paul Verlaine, um dos, senão mesmo ‘o grande’ emblema amoroso em toda a sua vida. Era frequentemente premiado em concursos literários e assim estimulado para a escrita. A sua visão poética foi a libertação das sufocantes instituições que forravam o seu universo pessoal que até ao momento eram a escola e a família.
Em Rimbaud, há uma parte da sua adolescência que podemos traçar, como paralela, à criação de “Une Saison en Enfer” porque esta é uma obra dificilmente explicada apenas por si.
O que eu quero realçar com isto é que há um impulso criador que pode anteceder o empirismo, talvez até de uma forma mais fidedigna se pensarmos na perspectiva factícia de Descartes: as ideias vistas como uma combinação de imagens provenientes dos sentidos, retidas pela memória e que nos permitem representar o que nunca vimos e talvez o que descobrimos mais tarde não existir coisa que, uma vez comprovada, nunca poderá ser representada como o é se se situar anterior à experiência.
Espero que isto tenha servido para dar alguma credibilidade a este blog. Provavelmente, não serviu. Mas valeu-me o esforço.
S.C.
1 Comments:
"o que é mais notável, é que eu encontro em mim uma infinidade de ideias de certas coisas que não podem ser consideradas um puro nada. Ainda que não tenham talvez existência fora do meu pensamento..." :*
C.A.
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